Pertence à 4.ª geração de um grupo empresarial fundado no início dos anos 40, e começou a desempenhar funções na administração das empresas ainda não tinha completado 30 anos.
Marta Pereira fez a sua formação base numa área completamente distinta da gestão empresarial, contrariando o desejo assumido do seu pai, mas a forte herança genética de empresas industriais de sucesso, tanto do lado paterno como materno, falou mais alto.
A administradora do Grupo Joper confessa que hoje escolheria a área de gestão, mas não nega que o caminho que percorreu a ajudou a orientar e consolidar as suas escolhas com uma maior maturidade. Precisou desse tempo e dessa experiência para ter a certeza do que queria. ‘Quando entrei na Joper tinha a certeza de que queria estar ali’, afirma numa conversa sobre sucessão em empresas familiares que partilhou com o seu pai, Jorge Pereira, para o podcast ‘Nas empresas com quem decide’, uma parceria do Diário de Notícias com a Rede Mulher Líder.
Antes de assumir responsabilidades nas empresas do Grupo fez formação complementar em gestão. Por opção pessoal, mas também por exigência do seu pai, que considera uma condição indispensável para se entrar no mundo dos negócios.
Para a jovem gestora, a sua integração foi e continua a ser um grande desafio. ‘Se por um lado temos a tarefa facilitada de integrar um grupo empresarial, que é sólido e está bem estruturado, por outro lado é muito difícil fazer mais e melhor’, relata.
Em relação às gerações anteriores, diz ‘temos uma grande vantagem’. ‘Tivemos uma preparação e um professor muito bom, que nos ensinou tudo aquilo que sabe, e deu-nos liberdade para conquistarmos a responsabilidade que temos hoje’.
Atualmente, pai e filha partilham uma grande cumplicidade na forma de estar e de gerir os negócios, uma história que se repete entre gerações, a mesma química que já tinha unido o seu pai ao seu avô.
Como conselhos para jovens sucessores, Marta Pereira elege ‘humildade, aprender com quem tem mais experiência, e saber trabalhar em equipa’, como requisitos para uma integração bem sucedida. ‘A nossa individualidade não se pode sobrepor à responsabilidade que temos perante a empresa e os colaboradores, é essencial que as diferenças e dificuldades sejam geridas como de uma empresa familiar não se tratasse’, defende.
Com uma aposta constante na inovação, o grupo Joper tem sustentado o seu crescimento através de estratégias de aquisição de empresas de atividades complementares e afirma-se hoje como uma referência na indústria de equipamentos para a agricultura, com clientes internacionais espalhados um pouco por todo o mundo.
Aceda aqui ao podcast do DN ‘Nas Empresas, com quem decide’, numa parceria com a Rede Mulher Líder.