Innuos inaugura novas instalações em Faro

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A tecnológica Innuos acabou de inaugurar, no passado dia 2 de março, as suas novas instalações em Faro, na presença do Ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva. O Algarve foi desde o lançamento da marca, em 2016, a região eleita pela empresa para a produção para o mundo dos seus servidores áudio de alta-fidelidade e será a incubadora das novas áreas de negócio, que a Innuos já tem na calha.

O projeto nasceu da vontade de dois engenheiros melómanos, a Amélia Santos, atualmente CEO da Innuos, e o marido, Nuno Vitorino, que decidiram contrariar a estabilidade das suas carreiras e arriscar na criação de um negócio próprio numa área onde tinham detetado existir falhas de mercado.

Hoje a empresa está presente no mercado internacional e exporta praticamente tudo o que produz.


O jornal Dinheiro Vivo fez a cobertura do evento e conta-nos como tudo começou:

“Podíamos estar a falar de um casal de turistas britânicos, que depois de descobrirem a soalheira região sul do nosso país decidem por lá ficar. Mas, a verdade é que Amélia Santos e Nuno Vitorino são portugueses, mas estiveram emigrados em Londres, no Reino Unido, onde criaram um negócio na área da alta-fidelidade e trouxeram-no para Portugal.

Tudo começou em 2009, ainda a morarem em Londres, quando sentiram falta de uma forma prática de ouvir música, mas não descurando a qualidade.

Tanto Nuno como Amélia são formados em Engenharia Informática pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa; ele seguiu pela área de consultoria na Deloitte e ela integrava a equipa de liderança do canal online da Tesco.

Tal como acontece com muitos outros exemplos de marcas de alta-fidelidade, também a Innuos começou por ser um hobby. No pouco tempo que tinha livre, Nuno montou um pequeno servidor com peças e software, comprados a terceiros, e passou a sua coleção de CD para o disco rígido interno. Tudo isto aconteceu numa altura em que as plataformas de streaming de música ainda estavam a dar os primeiros passos, muito longe da ubiquidade atual.

O prazer e a facilidade de ouvir música eram elogiados sempre que tinham visitas em casa e passou a ser frequente receberem pedidos de amigos para lhes montarem um sistema igual. A quantidade de solicitações levou Nuno Vitorino a construir mais servidores e experimentar colocá-los à venda no eBay e na Amazon. Ter abdicado de horas de sono e do pouco tempo livre que tinha foi afinal compensador: “Nos primeiros seis meses vendemos 200 unidades”, recorda.

Amélia Santos conta que depois de tirar o MBA na INSEAD, via com frequência os colegas a criarem os seus próprios negócios. “Eu era extremamente avessa ao risco. Só depois de perceber que existia um mercado para estes produtos tive o clique para avançarmos para o negócio”, explica-nos a CEO da Innuos.

A chegada ao Algarve aconteceu em 2013, não porque tivessem alguma ligação prévia à região, mas porque quiseram, intencionalmente, descentralizar a sua operação para fora da Grande Lisboa ou do Grande Porto.
Além disso, foi fundamental acreditarem no seu potencial para o desenvolvimento noutras áreas para lá do turismo: o Algarve tem aeroporto internacional, qualidade de vida e capacidade de atrair estrangeiros. Os apoios ao financiamento para o empreendedorismo e emprego, como o programa CRESC Algarve 2020, fizeram o resto.”

Até há dois anos, a empresa esteve sediada na zona industrial de Loulé, no edifício ninho de empresas do IEFP. No período de sete anos, o volume de negócios cresceu internacionalmente: “Estamos presentes em 42 mercados e 99% do que fazemos é para exportação, sendo 70% para fora da União Europeia.”, refere Amélia Santos.


Consulte o artigo integral publicado pelo jornal Dinheiro Vivo aqui.