Gerir em contextos conturbados e de incerteza como os que atualmente vivemos envolve sempre desafios acrescidos, que vão muito para além das vertentes estratégicas e de gestão operacional, pondo à prova os níveis de resistência física e psicológica dos gestores.
Sónia Calado, administradora do Grupo DRT e membro da Comissão Dinamizadora da Rede Mulher Líder, em entrevista ao jornal Região de Leiria, partilha a sua experiência de gestão em tempos de crise e de que forma tem vindo a tentar tornar menos esgotante o ato de gerir.
‘Sobre o gestor recaem todas as expectativas de decisões e resultados bem-sucedidos’, afirma a empresária, que confessa que num primeiro momento não teve ‘a consciência de que o preço a pagar do ponto de vista pessoal poderia ser tão alto’. ‘Nos últimos anos, fruto da pandemia, da crise económica, da recessão, e de um país sem estratégia para as empresas, diria que o ato de gerir se tornou um ato de “gestão à vista” ainda mais solitário, reforça.
Para tornar a gestão mais assertiva nestes contextos, a líder defende que os gestores devem ‘reforçar a eficiência dos processos internos e a monitorização dos dados do seu negócio em tempo real, de forma a obter bons reports e indicadores’, que os ajudem numa rápida tomada de decisão. Para além disso, Sónia Calado defende ainda que devem ‘estar rodeados de bons líderes’. Se junto à gestão de topo, ‘tivermos pessoas capazes de exercer liderança, de lidar com a mudança, de nos dar feedback, podemos tornar a gestão mais simples’, explica.
‘Um bom gestor é também aquele que antecipa a continuidade da empresa e assegura que mesmo sem a sua presença a empresa perdura’, reforça a empresária.
Consulte AQUI a versão integral da entrevista publicada na edição ‘Guia do Empresário 2023’ do jornal Região de Leiria.