Os resultados do último estudo da Informa D&B de 2024 sobre a ‘Presença Feminina nas Empresas em Portugal’ confirmam que as mulheres ainda estão longe da paridade no exercício de cargos de gestão, e os progressos têm sido pouco expressivos desde 2017.
Apenas 30% das funções de gestão nas empresas portuguesas têm desempenho feminino e este valor desce para 27% quando se fala em liderança organizacional, ou seja, na ocupação de cargos de topo, como presidência de conselhos de administração ou gerência. E a evolução no período de 2017 a 2023 foi lenta, com registos de crescimento de apenas um ponto percentual em cada um dos casos.
O estudo revela ainda que a presença feminina em cargos de decisão diminui à medida que aumenta a dimensão das empresas. Nas grandes empresas, 19% dos cargos de gestão são desempenhados por mulheres, um valor que ascende a 20% nas médias empresas, a 23% nas pequenas empresas, e que ascende a 30% nas microempresas.
Setor público e empresas cotadas com evolução mais rápida
As empresas cotadas e as empresas públicas foram as que, por via do quadro regulamentar sobre a representatividade das mulheres nos cargos de gestão, registaram evoluções mais rápidas.
Os dados revelam que a presença de mulheres com poderes de decisão nas empresas cotadas cresceu 15%, passando de 12,2% em 2017, para 27,3% em 2023, apesar do estudo mostrar que em 2023 ‘havia ainda 20% de empresas cotadas sem qualquer mulher nos seus cargos de gestão.’
Relativamente ao setor empresarial do Estado, em 2023, 82% das equipas de gestão eram mistas, um valor que representa um crescimento de 11% quando comparado com o ano de 2017.
Para Teresa Cardoso de Menezes, diretora-geral da Informa D&B, ‘a participação feminina na gestão irá mudar mais rapidamente à medida que o escrutínio das práticas de governance ganhe importância’, acompanhando o quadro de transição para práticas ESG nas empresas.
Conheça aqui os resultados do estudo da Informa D&B.
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