De acordo com o mais recente estudo ‘Women Matter Iberia’, desenvolvido pela McKinsey&Company, Portugal lidera paridade de género na Europa, apesar de ainda persistirem desigualdades estruturais que importa eliminar.
As conclusões do estudo revelam que as mulheres são metade da força de trabalho nas empresas nacionais, mas representam apenas 16% dos lugares de administração, em comparação com uma representação média europeia de 22%. E quando se fala em CEO, a representatividade feminina desce para 6% em Portugal.
Para além da disparidade salarial entre homens e mulheres, que atinge os 10,1% a favor dos primeiros, os cargos de administração desempenhados por mulheres tendem a estar ligados mais a funções de suporte e menos à gestão estratégica do negócio. Nos conselhos de administração, 41% das mulheres desempenham funções de staff e só 28% dos homens fazem o mesmo, de acordo com o relatório da consultora.
Joana Magalhães Silva, partner da Mckinsey e co-líder do estudo, salienta que ficou “demonstrado que a liderança feminina tem um impacto positivo no bem-estar dos trabalhadores, uma vez que as gestoras de topo colocam uma maior ênfase no desenvolvimento profissional da equipa, no apoio aos colaboradores mais jovens, no bem-estar dos empregados e na flexibilidade do trabalho.” Não é por acaso que “79% dos colaboradores em empresas com uma elevada percentagem de liderança feminina estão satisfeitos com a sua organização, em comparação com 65% de satisfação em empresas com baixa presença de mulheres em cargos de topo”, reforça a coordenadora nacional do estudo.
Portugal ocupa atualmente o 15.º lugar no Índice de Igualdade de Género da União Europeia e a 29.ª posição no Índice Global de Desigualdade de Género à escala mundial.
O estudo foi elaborado durante o segundo semestre de 2022 e envolveu uma amostra de 45 empresas em Portugal e Espanha, com um universo de mais de 300 mil colaboradores.
Consulte mais detalhes sobre o estudo da Mckinsey publicados pela Executiva.pt aqui .